(SCANS) Entrevista da Rolling Stones traduzida: Paris quebra o silêncio
Original - English : Paris Jackson: Life After Neverland Paris-Michael Katherine Jackson is staring at a famous corpse. "T...
Original - English:
Paris-Michael Katherine Jackson olha um cadáver famoso. "Essa é a Marilyn Monroe", ela sussurra, de frente para uma parede coberta com fotos horríveis da autópsia. "E esse é JFK. Dá até para você achar as dele on-line".
Em uma tarde de quinta-feira, no final de novembro, Paris passeia pelo "Museu da Morte", um labirinto de horrores estreito com cheiro de formaldeído na Hollywood Boulevard. Não é incomum para os visitantes, confrontados com fotos de decapitação, estupro e ferramentas de serial killer, desmaiar, vomitar ou os dois. Mas Paris, não muito distante das fases emo e gótica de sua adolescência, parece achar tudo de alguma forma tranquilizador. É a sua nona visita. "É incrível", ela tinha dito no caminho. "Eles têm uma cadeira elétrica de verdade e uma cabeça real!
Em uma tarde de quinta-feira, no final de novembro, Paris passeia pelo "Museu da Morte", um labirinto de horrores estreito com cheiro de formaldeído na Hollywood Boulevard. Não é incomum para os visitantes, confrontados com fotos de decapitação, estupro e ferramentas de serial killer, desmaiar, vomitar ou os dois. Mas Paris, não muito distante das fases emo e gótica de sua adolescência, parece achar tudo de alguma forma tranquilizador. É a sua nona visita. "É incrível", ela tinha dito no caminho. "Eles têm uma cadeira elétrica de verdade e uma cabeça real!
Paris Jackson completou 18 anos em abril do ano passado e hora ou outra pode soar tanto mais velha ou muito mais jovem, tendo vivido uma vida que oscila entre protegida e agonizantemente exposta. Ela é uma autêntica criança do século 21, com o seu senso de moda hippie-punk e gosto musical eclético (ela decorou seu tênis com letras de Mötley Crüe e Arctic Monkeys, está obcecada por Alice Cooper - ela chama ele de "bae" - e pelo cantor e compositor Butch Walker, adora Nirvana e Justin Bieber também). Mas ela é, mais ainda, a filha do seu pai. "Basicamente, como pessoa, ela é quem meu pai é", diz seu irmão mais velho, Prince Michael Jackson. "A única coisa diferente seria sua idade e seu gênero." Paris é semelhante a Michael, acrescenta ele, "em todos os seus pontos fortes, e em quase todas as suas fraquezas também. Ela é muito apaixonada. Ela é muito emotiva ao ponto em que ela deixa a emoção nublar o seu julgamento."
Paris, com velocidade impressionante, fez mais de 50 tatuagens, as primeiras ainda enquanto menor de idade. Nove delas são dedicados a Michael Jackson, que morreu quando ela tinha 11 anos de idade, levando-a, Prince e seu irmão mais novo, Blanket, a espiralar do que - como eles perceberam - um mundo enclausurado, quase um pouco idílico. "Eles sempre dizem: "O tempo cura", diz ela.
Mas realmente não, você só se acostuma, eu vivo com a mentalidade de 'OK, eu perdi a única coisa que sempre foi importante para mim'. Então, daqui para frente, qualquer coisa ruim que aconteça não pode ser tão ruim quanto o que aconteceu antes.
Michael ainda a visita em seus sonhos, ela diz: "Eu o sinto comigo o tempo todo".
Michael, que se via como Peter Pan, gostava de chamar sua única filha de Tinker Bell ("Sininho"). Ela tem FAITH, TRUST AND PIXIE DUST tatuado perto da clavícula. Ela tem a imagem da capa de Dangerous em seu antebraço, o logotipo de 'Bad' na mão, e as palavras RAINHA DO MEU CORAÇÃO - na letra do pai, de uma carta que ele escreveu - em seu pulso interno esquerdo. "Ele não me trouxe nada além de alegria", diz ela. "Então por que não ter lembretes constantes de alegria?"
Ela também tem tatuagens em homenagem a John Lennon, David Bowie e o rival do pai dela, Prince, também para Van Halen e, em seu lábio interno, a palavra MÖTLEY (seu namorado tem CRÜE no mesmo lugar). Em seu pulso direito ela usa uma pulseirinha que Michael comprou na África. Ele estava usando-a quando morreu e a babá de Paris a recuperou para ela. "Ainda tem o cheiro dele", diz Paris.
Ela fixa seus enormes olhos azul-esverdeados em cada uma das atrações do museu sem hesitar, até que ela chega a uma seção de animais empalhados. "Eu realmente não gosto dessa parte", diz ela, enrugando o nariz. "Os animais são meu limite, não dá para mim, dói meu coração." Ela recentemente salvou um filhote de cachorro hiperativo, Koa, que tem uma convivência difícil com o Kenya, um labrador que o pai dela trouxe para casa uma década atrás.
Paris se descreve como "insensível" até mesmo aos mais gráficos lembretes da mortalidade humana. Em junho de 2013, afogando-se na depressão e na dependência de drogas, ela tentou se matar aos 15 anos, cortando o pulso e tomando 20 comprimidos de Motrin. "Era apenas auto-ódio", ela diz, "baixa auto-estima, pensando que eu não podia fazer nada direito, pensando que eu não era digna de viver mais." Ela se automutilava, conseguindo manter escondido da família. Algumas de suas tatuagens agora cobrem as cicatrizes, bem como o que ela diz ser marcas de consumo de drogas. Antes disso, ela já havia tentado suicídio "várias vezes", diz ela, com uma risada deslocada. "Foi apenas uma vez que se tornou público." O hospital tinha uma regra, ela lembra e, após a terceira vez, insistiram que ela frequentasse um programa de terapia residencial.
Tendo passado anos estudando em casa antes da morte do pai, Paris aceitou frequentar uma escola particular a partir da sétima série. Ela não se encaixava - de jeito nenhum - e começou a sair com as únicas crianças que a aceitaram, "um monte de pessoas mais velhas fazendo um monte de coisas loucas", diz ela. "Eu estava fazendo um monte de coisas que adolescentes de 13, 14, 15 anos de idade não deveriam fazer. Eu tentei crescer muito rápido e eu não era realmente uma pessoa muito agradável." Ela também enfrentou o cyberbullying e ainda tem que lidar com comentários crueis on-line. "Todo aquele papo de liberdade de expressão é ótimo", diz ela. "Mas eu não acho que nossos Founding Fathers previram a mídia social quando eles criaram todas essas emendas e outras coisas."
Houve outro trauma que ela nunca mencionou em público. Quando ela tinha 14 anos, um "completo estranho" muito mais velho a violou sexualmente, ela diz. "Eu não quero dar muitos detalhes, mas não foi uma boa experiência e foi muito difícil para mim e, na época, eu não contei a ninguém".
Depois de sua última tentativa de suicídio, ela passou o segundo ano e metade do primeiro ano em uma escola terapêutica em Utah. "Foi ótimo para mim", diz ela. "Eu sou uma pessoa completamente diferente." Antes, ela diz com um pequeno sorriso: "Eu estava louca, eu estava realmente louca, eu estava passando por uma série de coisas como angústias de adolescente. E eu também estava lidando com a minha depressão e minha ansiedade sem qualquer ajuda." Seu pai, diz ela, também lutou com a depressão, e ela foi prescrita com os mesmos antidepressivos que ele tomou uma vez, embora ela já não esteja em qualquer medicação psicológica.
Agora sóbria e mais feliz do que ela já foi, com cigarros mentolados como seu principal vício restante, Paris saiu da casa da avó Katherine pouco depois de completar 18 anos, indo para a antiga propriedade da família Jackson. Ela passa quase todos os minutos do dia com o namorado, Michael Snoddy, um baterista de 26 anos - ele toca em grupo de percussão chamado Street Drum Corps."Eu nunca conheci ninguém antes que me fizesse sentir do mesmo jeito que a música me faz sentir", diz Paris. Quando se conheceram, ele tinha uma tatuagem mal pensada da bandeira confederada, agora coberta, que levantou receios compreensíveis entre os Jacksons. "Mas quanto mais eu chego a conhecê-lo", diz Prince, "vejo que ele é um cara muito legal."
Paris teve uma rápida experiência na universidade depois de terminar o ensino médio - um ano mais cedo - em 2015, mas não gostou. Ela é herdeira de uma fortuna gigantesca - estima-se que o Michael Jackson Family Trust valha mais de US $ 1 bilhão, a ser distribuída para as crianças em estágios. Mas ela quer ganhar seu próprio dinheiro e agora que ela é uma adulta legal, quer abraçar sua outra herança: o status de celebridade.
E no final, como a filha carismática, linda, de um dos homens mais famosos que já viveu, que escolha ela tem? Ela é, por agora, modelo, atriz, em progresso. Ela pode, quando está a fim, exibir um equilíbrio magnificente que é quase intimidante, enquanto permanece fria o suficiente para fazer amizade com seu tatuador. Ela tem maneiras impecáveis - você pode dizer que ela foi bem criada. Ela encantou o produtor-diretor Lee Daniels em um recente encontro que ele começou a conversar com o empresário dela sobre um papel para ela em sua série da Fox, Star. Ela toca alguns instrumentos, escreve e canta canções (ela toca umas para mim no violão, e parece promissor, apesar de serem mais Laura Marling do que MJ), mas não tem certeza se ela vai buscar uma contrato na música.
Ser modelo, em particular, vem naturalmente, e ela acha terapêutico. "Eu tive problemas de auto-estima por um tempo muito, muito longo", diz Paris, que compreende as escolhas de cirurgia plástica de seu pai depois de assistir os trolls online dissecar sua aparência desde que ela tinha 12 anos. "Muita gente acha que eu sou feia. E muitas pessoas não. Mas há um momento em que estou posando onde eu me esqueço de minhas questões de auto-estima e me concentro no que o fotógrafo está me dizendo - e eu me sinto bonita. E nesse sentido, é egoísmo".
Mas, na maior parte das vezes, ela compartilha o ímpeto do pai de curar o mundo, "Estou muito assustada com a Grande Barreira de Corais", diz ela, "está morrendo". Ela vê a fama como um meio de chamar a atenção para causas. "Eu nasci com esta plataforma", diz ela. "Eu vou desperdiçá-la e me esconder? Ou vou fazer isso crescer e usá-lo para coisas mais importantes?"
Seu pai não se importaria. "Se você quiser ser maior do que eu, você pode", ele diria a ela. "Se você não quiser ser, você pode. Mas eu só quero que você seja feliz."
No momento, Paris vive no estúdio particular onde seu pai fez a demo de "Beat It". A casa principal no agora vazio complexo da família Jackson no bairro de Encino - comprado por Joe Jackson e reconstruído por Michael nos anos oitenta - está em reforma. Mas o estúdio, construído por Michael, é aproximadamente do tamanho de um apartamento decente de Manhattan, com sua própria cozinha e banheiro. Paris tornou-o um dormitório acolhedor.
Vestígios de seu pai estão em toda parte, mais inequivocamente na arte que encomendou. Fora do estúdio há uma foto emoldurada, feita em estilo Disney, de um castelo de desenho animado no cimo de uma colina com um Michael caricaturado em primeiro plano, um pequeno garoto loiro abraçando-o. Com a legenda "Of Children, Castles & Kings". Dentro, um mural pegando uma parede inteira, com outro desenho animado de Michael no canto, segurando um livro verde intitulado 'The Secret of Life' e olhando para baixo de uma janela para flores florescendo - no centro de cada flor tem um rosto de uma garotinha em cartoon.
As escolhas de decoração de Paris são um pouco diferente. Tem uma imagem de Kurt Cobain no banheiro, um cartaz dos Smashing Pumpkins na parede, um laptop com Against Me! E adesivos do NeverEnding Story, coisas psicadélicas, muitas velas decorativas. Discos de vinil (Alice Cooper, Rolling Stones) servem como decoração de parede. Na cozinha, casualmente sobre um balcão, há um disco de platina emoldurado, inscrito a Michael por Quincy Jones ("eu o encontrei no sótão", Paris encolhe os ombros).
Acima de uma garagem adjacente tem um mini-museu que Michael criou como um presente surpresa para sua família, com as paredes até os tetos cobertos com fotos da história deles. Michael costumava ensaiar movimentos de dança nesse quarto; Agora o namorado de Paris tem seu kit de bateria montado lá.
Dirigimo-nos a um restaurante de sushi nas proximidades, e Paris começa a descrever a vida em Neverland. Ela passou seus primeiros sete anos no mundo da fantasia de 2.700 acres de seu pai, com seu próprio parque de diversões, zoológico e cinema. ("Tudo o que eu nunca consegui fazer quando era criança", disse Michael.) Durante esse tempo, ela não sabia que o nome de seu pai era Michael, e muito menos tinha qualquer compreensão de sua fama. "Tudo que eu achava era que ele era Papai, Papai", diz ela. "Nós realmente não sabíamos quem ele era, mas ele era nosso mundo e nós éramos o mundo dele." (Paris declarou Capitão Fantástico no ano passado, onde Viggo Mortensen interpreta um pai excêntrico que tenta criar um refúgio utópico para seus filhos, "o filme favorito dela".)
"Nós não podíamos simplesmente ir nas atrações sempre que queríamos", ela lembra, andando em uma estrada escura perto do complexo de Encino. Ela gosta de caminhar pela linha da pista, muito perto dos carros - isso deixa seu namorado louco, e eu também não gosto muito disso.
Nós realmente tínhamos uma vida bastante normal, por exemplo, nós tínhamos escola todos os dias, e nós tínhamos que ser bons. E se nós fôssemos bons, semana sim, semana não, poderíamos escolher se íamos ao cinema ou ver os animais ou o que quer que seja, mas se alguém estivesse com um mau comportamento, então não poderíamos fazer todas essas coisas.
Em seu livro de memórias de 2011, o irmão de Michael, Jermaine, o chamou de "um exemplo do que a paternidade deveria ser. Ele deu a eles o amor que a Mãe nos deu e forneceu o tipo de amor de pai que nosso pai, sem culpa sua, não pode. Michael era pai e mãe ao mesmo tempo."
Michael deu às crianças a opção de ir para uma escola regular. Eles recusaram. "Quando você está em casa", diz Paris, "seu pai, que você ama mais do que qualquer coisa, vai ocasionalmente entrar, no meio da aula, e é como," Legal, sem mais aula por hoje. Vou sair com o papai. Nós pensávamos assim, 'Nós não precisamos de amigos, nós temos você e Disney Channel!' Ela era, ela reconhece, "uma criança realmente estranha".
Seu pai lhe ensinou como cozinhar, comida afro-americana, principalmente. "Ele era um ótimo cozinheiro," diz. "Fazia o melhor frango frito do mundo. Ele me ensinou a fazer torta de batata doce." Paris está cozinhando quatro tortas, mais o gumbo, para o Dia de Ação de Graças da avó Katherine - que, na verdade, ocorre no dia antes do feriado, por conta das crenças de Katherine que é Testemunha de Jeová.
Michael introduziu Paris a todos os gêneros concebíveis de música. "Meu pai trabalhou com Van Halen, então conheci Van Halen", diz ela. "Ele trabalhou com Slash, então eu conheci Guns N 'Roses. Ele me apresentou a Tchaikovsky e Debussy, Earth, Wind and Fire, the Temptations, Tupac, Run-DMC".
Ela diz que Michael enfatizou a tolerância. "Meu pai me criou em uma casa "de mente aberta"", diz ela. "Eu tinha oito anos de idade, apaixonada por essa garota na capa de uma revista, em vez de brigar comigo, como a maioria dos pais homofóbicos, ele estava zombando de mim, tipo, 'Oh, você arrumou uma namorada'.
"O foco número um dele para nós", diz Paris, "além de nos amar, era educação. E ele não era do tipo, 'Oh, sim, o poderoso Colombo veio a esta terra!' Ele dizia tipo, 'Não. Ele fodidamente matou os nativos.' Ele realmente falaria dessa maneira? "Ele tinha uma boca suja, ele falava muito palavão." Mas ele também era "muito tímido".
Paris e Prince estão bastante conscientes das dúvidas do público sobre a paternidade deles (o irmão mais novo, Blanket, por ter a pele mais escura, é objeto de menos especulação). A mãe de Paris é Debbie Rowe, uma enfermeira que Michael conheceu quando ela trabalhava para seu dermatologista, o falecido Arnold Klein. Eles tiveram o que soa como um casamento não convencional de três anos, durante o qual, Rowe uma vez testemunhou, nunca compartilharam uma casa. Michael disse que Rowe quis ter seus filhos "como um presente" para ele. Klein, seu empregador, foi um de vários homens - incluindo o ator Mark Lester que sugeriram que poderiam ser o pai biológico de Paris.
Comendo camarão empanado e comida japonesa, Paris concorda em falar sobre esta questão pelo o que ela diz que será a única vez. Ela poderia optar por uma resposta fácil e lógica, poderia apontar que não importa, que de qualquer forma, Michael Jackson era seu pai. Isso é o que seu irmão - que se descreve como "mais objetivo" do que Paris - parece sugerir. "Toda vez que alguém me pergunta isso", Prince diz, "eu pergunto: 'Qual é o ponto? Que diferença faz?' Especificamente para alguém que não está envolvido em minha vida, como isso afeta sua vida? Não muda a minha".
Mas Paris é certa de que Michael Jackson é seu pai biológico. Ela acredita com uma fervência que é ao mesmo tempo tocante e, no momento, totalmente convincente. "Ele é meu pai", ela diz, fazendo um feroz contato visual. "Ele sempre será meu pai, ele nunca não foi, e ele nunca não será. As pessoas que o conheciam muito bem dizem que o vêem em mim, que é quase assustador.
"Eu me considero negra", ela diz, acrescentando depois que seu pai "me olharia nos olhos e ele me apontava o dedo e dizia: 'Você é negra. Orgulhe-se de suas raízes. ' E eu diria 'OK, ele é meu pai, por que ele mentiria para mim?' Então acredito no que ele me disse, porque ele nunca mentiu para mim que eu saiba.
"A maioria das pessoas que não me conhecem me chamam de branca", admite Paris. "Eu tenho pele clara e, especialmente desde que eu pintei o meu cabelo loiro, eu pareço ter nascido na Finlândia ou algo assim." Ela aponta que é longe de ser inédito que crianças de raça mista se pareçam como ela - observando com precisão que sua cor e sua cor de olho são semelhantes ao do ator Wentworth Miller, que tem um pai preto e uma mãe branca.
No início, ela não tinha relação com Rowe. "Quando eu era realmente, realmente pequena, minha mãe não existia", lembra-se Paris. Eventualmente, ela percebeu que "um homem não pode dar à luz uma criança" - e quando ela tinha 10 anos ou mais, ela perguntou a Prince: "Nós temos que ter uma mãe, certo?" Então ela perguntou a seu pai. "E ele disse, 'Sim.' E eu fiquei tipo, 'Qual é o nome dela?' E ele disse, 'Debbie.' E eu fiquei tipo, 'OK, bem, eu sei o nome.' "Depois da morte de seu pai, ela começou a pesquisar sua mãe on-line, e elas se encontraram quando Paris tinha 13 anos.
Durante seu tratamento em Utah, Paris decidiu novamente se aproximar de Rowe. "Ela precisava de uma figura materna", diz Prince, que se recusa a comentar sobre sua própria relação, ou falta dela, com Rowe. (O empresário de Paris se recusou a fazer Rowe disponível para uma entrevista, e Rowe não respondeu ao nosso pedido de comentário.) "Eu tive um monte de figuras maternas", conta Paris, citando sua avó e babás, entre outros. "Mas no momento em que minha mãe entrou em minha vida, não era uma coisa de "mamãe", foi mais um relacionamento adulto. " Paris se vê em Rowe, que acabou de completar um curso de quimioterapia em uma luta contra o câncer de mama: "Nós duas somos muito teimosas."
Paris não tem certeza de como Michael se sentia por Rowe, mas diz que Rowe estava "apaixonada" por seu pai. Ela também está certa de que Michael amava Lisa Marie Presley, a quem se divorciou dois anos antes do nascimento de Paris: "No vídeo da música 'You Are Not Alone', eu posso ver como ele olhou para ela", ela diz com um riso carinhoso.
Paris Jackson tinha cerca de nove anos quando percebeu que grande parte do mundo não via seu pai da maneira como ela via. "Meu pai chorava para mim à noite", diz ela, sentada no balcão de uma cafeteria de Nova York, em meados de dezembro, segurando uma pequena colher na mão. Ela começa a chorar também.
Imagine o seu pai chorando para você sobre o mundo odiando-o por algo que ele não fez. E para mim, ele era a única coisa que importava. Ver todo o meu mundo em dor, comecei a odiar o mundo por causa do que eles faziam com ele. Eu ficava tipo: 'Como as pessoas podem ser tão maldosas?'
Ela faz uma pausa. "Desculpe, estou ficando emocionada."
Paris e Prince não duvidam de que seu pai seja inocente das múltiplas alegações de abuso de crianças contra ele, que o homem que eles conheciam era o verdadeiro Michael. Novamente, eles são persuasivos - se eles pudessem ir de porta em porta falando sobre isso, eles poderiam influenciar o mundo. "Ninguém além de meus irmãos sabe como ele lia 'A luz no sótão' para nós de noite antes de irmos para a cama", diz Paris. "Ninguém sabe como é ser filho dele, e se soubessem, toda a percepção deles seriam completamente e para sempre mudada". Sugeri suavemente que o que Michael lhe disse nessas noites era muito para uma criança de nove anos. "Ele não nos enganava", ela responde. "Você tenta dar às crianças a melhor infância possível, mas você também tem que prepará-las para o mundo de merda."
O julgamento de Michael em 2005 terminou em uma absolvição, mas sujou sua reputação e alterou o curso da vida da família. Ele decidiu deixar Neverland para sempre. Eles passaram os próximos quatro anos viajando pelo mundo, passando longos períodos de tempo no campo irlandês, no Bahrein, em Las Vegas. Paris não se importava - era emocionante, e o lar era onde estava seu pai.
Em 2009, Michael estava se preparando para seu retorno na Arena O2 em Londres. "Ele nos deixou entusiasmados com isso", lembra Paris. "Ele disse: 'Sim, vamos morar em Londres por um ano'. Estávamos super-animados - nós já tínhamos uma casa lá que a gente ia morar. " Mas Paris se lembra de sua "exaustão" quando os ensaios começaram. "Eu diria a ele, 'Vamos tirar um cochilo'", diz ela. "Porque ele parecia cansado, nós estaríamos na escola, no andar de baixo na sala de estar, e veríamos a poeira cair do teto e escutando barulho porque ele estava ensaiando lá em cima."
Paris tem uma aversão persistente à AEG Live, promotora por trás da planejada This Is It - a família perdeu o julgamento contra eles, com o júri aceitando argumento de AEG que Michael era responsável por sua própria morte. "AEG Live não trata seus artistas corretamente", alega. - Eles os drenam e os matam. (Um representante da AEG recusou comentar.) Ela descreve ver Justin Bieber em uma recente turnê e ficar "assustada" por ele. Olhei para o meu bilhete, vi AEG Live, e pensei em como meu pai estava exausto o tempo todo, mas não conseguia dormir.
Paris culpa o Dr. Conrad Murray - que foi condenado por homicídio involuntário na morte de seu pai - pela dependência do anestésico propofol droga que levou a ele. Ela o chama de "médico", com ironia. Mas ela tem suspeitas mais obscuras sobre a morte de seu pai. "Ele dava pistas sobre pessoas doidos para pegá-lo", diz ela. "E em algum momento ele estava tipo, 'Eles vão me matar um dia.'" (Lisa Marie Presley disse à Oprah Winfrey de uma conversa similar com Michael, que expressou temores de que pessoas não identificadas estavam alvejando-o pela sua participação no catálogo Sony/ATV, que vale centenas de milhões.)
Paris está convencida de que seu pai foi, de alguma forma, assassinado. "Absolutamente", diz ela. "Porque é óbvio, tudo aponta para isso, parece uma teoria de conspiração total e parece uma besteira, mas todos os fãs de verdade e todos na família sabem disso, foi uma armação.
Mas quem queria Michael Jackson morto? Paris faz uma pausa por alguns segundos, talvez considerando uma resposta específica, mas apenas diz: "Muita gente". Paris quer vingança, ou pelo menos justiça. "Claro", diz ela, com olhos brilhando. "Eu definitivamente quero, mas é um jogo de xadrez, e estou tentando jogar o jogo de xadrez da maneira certa, e isso é tudo o que posso dizer sobre isso agora".
Michael fazia os filhos usarem máscaras em público, um ato de proteção que Paris considerava "estúpido", mas mais tarde veio a entender. Por isso, foi ainda mais impressionante quando uma garota corajosa falou espontaneamente no microfone no memorial televisivo de seu pai, no dia 7 de julho de 2009. "Desde que nasci", ela disse, "Papai foi o melhor pai você poderia imaginar, e eu só queria dizer que eu o amo tanto. "
Ela tinha 11 anos, mas sabia o que estava fazendo. "Eu sabia que depois haveria muita conversa de merda", diz Paris, "muita gente questionando ele e como ele nos criou. Essa foi a primeira vez que eu o defendi publicamente e definitivamente não será a última". Para Prince, sua irmã mais nova mostrou naquele momento que tinha "mais força do que qualquer um de nós".
No dia seguinte à sua viagem ao Museu da Morte, Paris, Michael Snoddy e Tom Hamilton, seu empresário de 31 anos, dirigem-se para Venice Beach. Caminhamos pelo calçadão e Snoddy lembra um breve período como um artista de rua aqui quando ele se mudou para L.A., rufando em baldes. "Não foi ruim", diz ele. - Fiz uma média de cem dólares por dia.
Paris está com um rabo de cavalo. Ela está usando óculos de sol com lentes circulares, uma camisa xadrez verde com legging e uma mochila. Não está tão bem humorada hoje. Ela não está falando muito e se apega a Snoddy. Nos dirigimos para os canais, alinhados com casas ultramodernas que Paris não gosta. "Ela não grita, 'Ei, venha para o jantar!'". Ela fica encantada ao encontrar um grupo de patos. "Olá amigos!" Ela grita. "Venham brincar conosco!" Entre eles estão o que parecem ser um casal de aves apaixonado, remando através da água rasa em formação. Paris suspira e aperta a mão de Snoddy. "Metas", diz ela. "Hashtag Metas".
O humor dela está melhorando e nós andamos de volta para a praia para ver o pôr do sol. Paris e Snoddy saltam sobre uma barreira de concreto e assistem ao espetáculo laranja-cor-de-rosa. É um momento de paz, até que uma mulher de meia-idade com roupas de jogging neon e meias até o joelho passa. Ela sorri para o casal enquanto aperta um botão em algum tipo de aparelho de música minúsculo preso na cintura, desencadeando uma músics trance velha. Paris ri e se vira para seu namorado. Ao desaparecer do sol, eles começam a dançar. Site
10 comentários
😲😲😲😍😍😍👍💕
ReplyEu realmente estou chocada. Nao sabia de muitas coisas ate agora. Paris merece todo o sucesso. 😍😍 e que ela revele muito mas coisas sobre Michael e a família ❤❤❤❤
ReplyO bom de uma pessoa ser muito famosa é que ela dá entrevistas que repercutem pelo mundo todo e a gente fica sabendo mais sobre quem ela é, o que ela sente, pensa e faz e isso é bom, faz a gente se sentir mais próximo da pessoa. Ela podia fazer isso mais vezes porque é muito esclarecedor !
ReplyO engraçado é que nas redes sociais ela nem de longe parece tão madura quanto aparenta ser nas entrevistas. Dá até pra se perguntar se ela não está sendo instruida por assessoria de imprensa pra responder de forma tão centrada ! Seja lá como for, eu sei que ela realmente teve experiências de vida muito sofridas que a fizeram ter que encarar a vida como ela é
Eu gostei e me emocionei muito com as coisas que ela falou sobre o pai, mas me choquei com o que disse sobre ela mesma - ela se comove com animais mortos mas fica fascinada com gente morta !? E que falta de respeito é essa de quem criou esse museu !? Expor assim a intimidade e a dor de celebridades mortas. Será que ela gostaria que fizessem o mesmo com seu pai ?
E que história é essa de ser abusada por alguém aos 14 anos !? Nisso eu não acredito porque ela não deixaria isso barato de jeito nenhum ! Quando a família levou a dona Katherine pra longe, a Paris expos tudo na mídia, protestou, bateu o pé e causou todo aquele rebuliço. Imagina se ela não ia reagir mil vezes pior se tivesse acontecido uma coisa dessas !?
Ultimamente tem uma onda gigantesca de famosas no Brasil e no mundo revelando que foram abusadas, parece até que virou moda e quem nunca foi é que está por fora ! Isso me cheira a puro marketing pra se fazerem de coitadinhas. Que coisa mais deturpada ! É uma coisa muito séria pra ser banalizada assim !
Amiga,
ReplySou psicologa, e posso de afirmar com toda experiencia que tenho, que todos comportamentos da Paris,se encaixam em comportamentos de vitima de abuso wexual, tudo faz mais sentido agora. É extremamente normal que a vitima nao fale. Que tenha vergonha e que ae sinta culpada! Porque ela mentiria sobre isso n faz sentido!!!!
É realmente mto gostoso ouvi la contwr da vida com.o.pai tudo que eles falam nós jq sabiamos mas é sempre bom ouvir maia mais
Algumas fatos que achei interessante
ReplyEla conta q mj perguntou se eles quwriam estudar wm escola normal, sendo q o que sai na midia é q mj os proibiam (claro q msm se fosse isso swria com a imtençao de protegw los totalmente) mas parece q a verdade é q ele cogitou essa ideia pro filhos
Achei lindo qdo ela disse q mj era seu mundo, ela tinha raiva das pessoas pq traziam dor a aeu mundo!!!
Bacana tbm perceber o qto ela confia em mj, confia q eles são seu filhos biologicos, confia que ele n mentiria pra eles, todos esses anos todas essas pessoas questionamdo n tiraram essa certeza dela,
ja o prince, deixa claro que m importa pra ele, independete de qualquer coisa mj continuara sendo seu pai, não que prince duvide, n entendo dessa forma, mas entendi q essa questão n o afeta, tipo msm q mj n fosse seu pai nada mudaria p ele continuaria o amando e tal.
Será que Paris tentou suicídio por causa desse abuso?
ReplyVc poderia dizer que sinais são esses que ela demonstra ?
ReplyA tentativa de suicidio, a auto-motilaçao, a instabilidade emcional, o auto-odio,(que ela msm menciona), tudo isso são alguns dos mtos sinais de uma vitima de abuso sexual!!!! Observo mto isso em pacientes, oh Deus como queria michael aqui, ele merecia acabar de criar seus bebês
ReplyA Paris realmente é uma menina muito forte. Fiquei extremamente mal quando ela falou que já sofreu abuso. Dói lembrar o quanto o Michael era um ótimo pai e super protetor, e isso acontecer. Isso explica uma série de comportamentos dela, no qual todo mundo julgava sem dó, sem nem ao menos saber o real motivo sobre. Sobre a morte do pai dela, também acredito no assassinado. Ela foi muito corajosa, mas vai ter que encarar as consequências disso.
ReplyMas nunca passou pela minha cabeça nem na cabeça dos fãs que Paris sofreu abuso na adolescência e que usava drogas. Isso explica o pq que ela ficou tão rebelde em 2013 e que cortou seu cabelo de uma forma horrível e também que tentou suicídio, muitos achavam que era estilo de punk e fase e ninguém entedia o pq da Paris estar com aquele comportamento. Mas o bom que hj ela está bem e que Deus ajudou ela a ultrapassar os seus problemas, ela bem que podia colocar atrás das grades esse cara que fez covardia com ela, eu não entendo o pq de deixar esse caso passar batido!
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